Francisco Fernandes Mano

O Capitão Francisco Fernandes Mano, natural de Ílhavo, nasceu em 7 de Maio de 1904.
Do casamento com Cármina Gonçalves Fernandes Mano, nasceram a Rosa Armanda, a Isilda Maria, a Alzira Maria e o Francisco. Como os colegas do seu tempo, terá ido, pois, bastante cedo para o mar. Na safra de 1927, foi piloto do lugre-motor Trombetas, segundo informação do jornal Beira-Mar, de 8 de Maio de 1927. Desde que possuímos registos oficiais, na campanha de 1929, embarcou de piloto no lugre Ernani, em 1937, no lugre de madeira Vaz, ex-Vega e em 1938, no lugre Novos Mares, só à vela, à Groenlândia. Sagas de heróis… Na de 1939, estreou como imediato o navio-motor de aço, Santa Maria Madalena, construído no mesmo ano, para a Empresa de Pesca de Viana, nos estaleiros da CUF. Na campanha de 1941, exerceu o cargo de piloto do lugre-motor, de madeira, Rainha Santa Izabel, ex-Rainha Santa e na safra seguinte, do lugre-motor, de madeira, Lusitânia 3º, com sede na Figueira da Foz. Nos anos de 1943 e 44, o Cap. Chico Mano ascendeu ao posto de imediato do lugre-motor, de madeira, António Ribau (ex-Navegante III da firma Ribaus & Vilarinho), tendo alcançado, no ano de 1946, o comando do mesmo navio, de que foi capitão até 1952, inclusive. Na safra de 1953, o «nosso» capitão teve o prazer de inaugurar o lugre-motor Luiza Ribau e de se manter seu capitão, até 1957. Em 1958, teve o infortúnio de naufragar, enquanto capitão do lugre-motor, de madeira, Santa Izabel, tendo-se salvado toda a tripulação. Depois do ano de 1959, como imediato no navio-motor Avé Maria, entre os anos 1960 e 62, voltou ao comando do António Ribau, tendo o navio naufragado neste último ano, sem perdas de vidas. Nos anos 1964 e 65, exerceu o cargo de imediato no navio-motor Rio Antuã. Depois de mais um ano (1966), como capitão, no Luiza Ribau, o Cap. Chico, em 1968, deu como findo o seu percurso marítimo, com uma viagem de imediato no navio-motor Vila do Conde.
(Texto de Dr.ª Ana Maria Lopes)