Fernando Fernandes Parracho


Nasceu em Ílhavo em 1914, na Rua Direita, numa casa mesmo em frente à sede do Illiabum Clube, tendo também vivido com os seus avós na Rua da Capela. Tal como muito dos Ilhavenses, foi descendente de marítimos, sendo seu avô paterno, José Carlos Fernandes Parracho, Arrais dos barcos da companha da Costa Nova e o avô materno, António Cachim, Mestre de navios costeiros. Seu pai, foi Oficial da Marinha Mercante Portuguesa e Brasileira. Começou por ser escriturário na Fábrica da Vista Alegre e, mais tarde, na Parceria Geral Bem Saúde em Lisboa. Na altura em que trabalhava na Vista Alegre, chegou a jogar futebol, tendo fracturado uma perna, que lhe valeu 6 meses em casa, sem receber qualquer ordenado. Colaborador do Jornal O Ilhavense, veio mais tarde a desempenhar as funções de Sub-Director em 01-03-1981, durante doze anos. Foi sempre um acérrimo defensor dos interesses da sua terra. Segundo referiu numa entrevista à Rádio Terra Nova, programa Recordar é Viver (06-07-1993), “escreveu mais de uma centena de textos que foram lidos por muitos Ilhavenses, apreciados por uns e reprovados por outros”. Através desses textos, contribuiu para que Ílhavo pudesse ter a Conservatória do Registo Predial e Comarca. Mobilizou várias campanhas, das quais se destacam a compra de mobiliário e angariação de sócios para o Museu Marítimo de Ílhavo, bem como a resolução da então chamada “Garganta do Amador”, no centro da cidade. Publicou alguns livros, dando a conhecer Vultos e Figuras Ilhavenses de destaque e Casos da Terra dos Ílhavos.