Aquiles Gonçalves Bilelo

Aquiles Gonçalves Bilelo nasceu em Ílhavo em 18 de Novembro de 1887. Do casamento com Maria Rosa Pelicas, foi pai de Leonilde, Aquiles, José e Maria do Rosário, não tendo José Bilelo fugido ao chamamento do mar.
O nome do Cap. Aquiles começou por aparecer associado ao comando do palhabote Orion, nos anos 1921 e 22.
Com algumas lacunas informativas, retomou o seu comando nos anos de 1928, 29 e 30.
Juntamente com três navios da Empresa de Pesca de Aveiro, lugres Santa Isabel, Santa Joana e Santa Mafalda, Aquiles Gonçalves Bilelo, na campanha de 1931, demandou a Groenlândia no lugre Santa Luzia, da praça de Viana do Castelo.
Continuou na sua chefia até 1936, ano em que se perdeu no banco de St. Pierre, em princípios de Junho, abalroado pelo lugre Infante de Sagres.
Durante os anos de 1937 e 38, o Capitão Aquiles mudou para o comando do Rio Lima, lugre-motor, de madeira, construído para a Empresa de Pesca de Viana.
Em 1939, voltou a mudar para o São Ruy, navio-motor de aço, que comandou, ininterruptamente até 1951, perfazendo quarenta e muitos anos de mar.
Foi neste navio, que, em tempos difíceis de guerra, na campanha de 1943, «comboiou» os navios de pesca de bacalhau, que navegavam só à vela – lugres Ana Maria, Paços de Brandão, Neptuno, Júlia 1º, Leopoldina e Maria Carlota, – que se dirigiriam para os mares da Terra Nova, para o que teve de receber aparelhagem específica.
O Cap. Aquiles ainda gozou merecidamente uma dezena de anos de aposentação, entre a casa de Ílhavo e o palheiro térreo da Costa Nova. Por coincidência ou não, foi dali, que partiu, para «a tal viagem», numa bela manhã estival de 17 de Setembro de 1962, de modo inesperado.
(Texto da Dr.ª Ana Maria Lopes)