João da Conceição Barreto

Nasceu na Rua Direita em 29-08-1854, filho de João dos Santos Barreto e Maria de Jesus, neto paterno de Luís dos Santos Barreto e Joana Maria da Conceição e materno de Francisco Tavares Camello e Maria de Castro, naturais de Travassô. Adorava o teatro, tendo feito parte dos Ilhavenses que inauguraram o Teatro do Largo do Oitão, nas peças O Camões do Rocio, Coroa de Loiro, Opressão e Liberdade e muitas outras. Poeta satírico, chegou a escrever um soneto, À Vila de Ílhavo, na Revista Terra dos Ílhavos (1920), no dia em que foi publicado o decreto reintegrando a Ílhavo, a sua antiga autonomia concelhia. Funcionário do Ministério da Instrução, supervisionou em 1885, um grupo de amigos da terra, reorganizando a Música Velha, baptizando-a de Sociedade Filarmónica Ilhavense. No seu testamento destinou uma determinada quantia em dinheiro para ajuda da fundação dum hospital em Ílhavo e outra para subsidiar um monumento ao Arcebispo Pereira Bilhano no cemitério ou a colocação duma lápide comemorativa na casa onde este tinha nascido, o que veio acontecer mais tarde. O Arcebispo tinha sido seu professor em Évora. Faleceu no Alto Bandeira em 16-12-1914, com 60 anos, estando sepultado no Cemitério de Ílhavo, no Talhão mais antigo ( Talhão 8 ).