António José da Rocha - Conselheiro

Nasceu em Alqueidão a 02-10-1811, baptizado pelo Padre Manuel Neves do Pranto, este preclaro Ilhavense. Foi um dos fundadores da então Filarmónica Ilhavense (Música Velha), hoje Filarmónica Gafanhense. No ano de 1836, com a ajuda do amigo ilhavense Conselheiro José Ferreira da Cunha e Sousa, construíram o primeiro teatro de Ílhavo, na então Rua do Passal (onde hoje se encontra a Casa Mortuária). Para o espectáculo de inauguração tinha sido convidada a orquestra da banda da fábrica da Vista Alegre, mas à última da hora a orquestra faltou, pois o seu director que era de política contrária à dos organizadores, não o permitiu. Assim, estes ilhavenses levaram-se em brios e fundaram a Filarmónica Ilhavense. Foi Juiz Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça e vice-presidente do Tribunal da Relação do Porto. Em 1837 foi presidente da câmara, altura em que foi construído o cemitério público, calcetadas as ruas da vila, o início do policiamento e o desaparecimento do chamado “Rego”, uma vala fétida que atravessava toda a Rua Direita, bem como as estrumeiras em frente das casas dos pescadores. Foi também deputado por Ovar e Ponte de Lima, tendo sido agraciado com a Comenda da Ordem Militar da Nossa Senhora da Conceição, pelos serviços prestados na magistratura judicial, por proposta do Ministro de Negócios Eclesiásticos e da Justiça. Era tio de Eça de Queiroz.