Maria Henriqueta da Maia Alcoforado Cerveira

Mais conhecida em Ílhavo pela Senhora Maia, viveu no chamado Solar de Alqueidão, esbelta moradia com Brasão. Casou com o Dr.º António Frederico de Moraes Cerveira, em 13-10-1891, na Igreja Matriz, cuja cerimónia foi presidida por D. António Frutuoso Aires de Gouveia Osório, Bispo de Betsaida e Arcebispo de Calcedónia (foi também ministro dos Negócios Eclesiásticos e da Justiça em 1892), pessoa íntima da família. Senhora duma bondade extrema, auxiliou muitos pobres da nossa terra, que a ela recorriam. A Comissão de Ilhavenses encarregada de erigir o Monumento aos Mortos da 1ª Guerra Mundial, inaugurado em 09-04-1924, deparou-se com grandes dificuldades, já que tinha dinheiro para o fazer, mas faltava o local apropriado. Lembraram-se de pedir ajuda à D. Maria Henriqueta, que prontamente ofereceu o sítio, mas para isso, teve que o recomprar, pois já era pertença do senhor Elias Melo. Logo após a inauguração do Monumento, a Comissão entregou o terreno à Câmara. Mais tarde, o Jardim ficou com o seu nome, Maria Henriqueta Maia. Na sequência desta dádiva, surgiram a Avenida Marechal Carmona (hoje Dr.º Mário Sacramento) e Avenida Salazar (hoje 25 de Abril). Ao ficar viúva, isolou-se, mantendo o luto integralmente, até à sua morte. O seu funeral foi uma verdadeira manifestação de pesar por parte dos Ilhavenses.