Fernando Maria da Paz Duarte

Fernando Maria da Paz Duarte nasceu em 12 de Julho de 1944 em São Martinho do Bispo, Coimbra, filho único de Joaquim Maria Ferreira Duarte, guarda policial que mais tarde seria comandante do posto da GNR de Ílhavo e Noémia Elisa Paz Duarte, ambos de Mourisca do Vouga, Águeda. Frequentou a escola primária em Mourisca e terminou em Penedono, seguindo para o liceu de Viseu. Na juventude praticou voleibol e atletismo de velocidade. Terminou os estudos liceais em 1963, ingressando no Magistério primário, hoje Escola Superior de Educação de Viseu, concluindo o curso em 1965. Leccionou quatro anos na Escola da Gafanha de Aquém, assumindo posteriormente funções de subdelegado e delegado escolar de Ílhavo, sendo sócio fundador e membro do sindicato dos delegados escolares por oito anos e dirigente local da Associação Nacional de Professores. Nos oito anos que foi dirigente local da Associação Nacional de Professores auxiliou com o seu competente trabalho muitas professoras primárias a melhorar as condições no ensino escolar. Homem integro, afável e de família, casou em 1970 com Maria Regina Resende de Oliveira, natural de Ílhavo nascendo desta união duas filhas, a Ana Cláudia e a Clara Sofia. Com intensa atividade social esteve ligado à secção cultural do Illiabum Clube, sendo presidente da Associação Cultural e Desportiva “Os Ílhavos” e Dirigente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ílhavo, Confrade Fundador da Confraria Gastronómica do Bacalhau e presidente a Assembleia-geral da Banda dos Bombeiros Voluntários Musica Nova de Ílhavo. Foi vereador dos pelouros da educação, cultura, desporto, higiene e limpeza mercados, feiras e turismo da Câmara Municipal de Ílhavo por três mandatos, dois dos quais em regime de permanência, ocupando o cargo de Presidente da Câmara de Ílhavo, em 1982, por impedimento do presidente eleito, o capitão Bilelo, acompanhando a transição do antigo edifício da Câmara para o actual na altura da presidência do Eng. Galante. Foi a sua dedicação à Santa Casa da Misericórdia de Ílhavo que mais destacou o seu agir em prol dos outros e do Concelho de Ílhavo. Foi provedor da Santa Casa de 1999 a 2010. Com o apoio da Direção-geral de Saúde e auxílio do Dr. Bagão Félix centrou a sua ação na reabilitação do devoluto edifício do Hospital de Ílhavo, contando com a ajuda de uma equipa excepcional e de uma inovadora visão sobre a aplicação de cuidados paliativos. A 13 de Novembro de 2010 inaugurou o edifício do Hospital renovado em moderna Unidade de Cuidados Continuados com as valências de internamento de média e longa duração, assim como a renovada Capela. Foi vogal do Concelho fiscal da União das Misericórdias Portuguesas UMP e representante da Direção da Secretaria das Misericórdias do Distrito de Aveiro. Por sua vontade criou o Orfeão misto da Santa Casa da Misericórdia de Ílhavo e refez e inovou muitas das valências da Santa Casa de Ílhavo, passando a creche da Lagoa para o antigo edifício do Asilo e a Unidade de Fisioterapia para as instalações do antigo Centro de Saúde e criou a unidade de rendimento social de inserção. Fundou também a revista da Misericórdia “Comunicar”, com informação mensal e anual, abrindo portas à comunidade e informando das múltiplas actividades da Santa Casa de Ílhavo. À data do seu falecimento, exercia o cargo de presidente da Assembleia Municipal de Ílhavo, pelo que a CMI decretou três dias de luto municipal. Faleceu no dia 25 de Maio de 2019, com 74 anos, tendo sido o seu funeral, na Igreja Matriz de Ílhavo de 27 de Maio.
(Texto de Dr.ª Ana Maria Lopes)