Jorge da Rocha Trólóró(cap.)

Jorge da Rocha Trólóró, segundo a sua assinatura da ficha do Grémio, era filho de Joaquim da Rocha Trólóró e de Maria Emília Nunes Vidal, natural de Ílhavo, tendo nascido a 30 de Março de 1900. E por cá viveu… Casou a 27 de Setembro de 1922 com Maria Rosa Tavares da Rocha, de cujo casamento, nasceram os filhos Maria Jorgelina, Rosa Emília e Jorge Manuel Tavares da Rocha. Era portador da cédula marítima nº 5.751, passada pela Capitania do Porto do Porto, que testemunhava que exercia a profissão de pescador do bacalhau desde o ano de 1919 como piloto e que deixou de exercer a profissão desde 1941, por motivo de doença. O primeiro registo escrito com que me deparei foi como piloto, no jornal “O Ilhavense” de Março de 1923, do lugre “Vencedor”, da praça do Porto. Nas campanhas de 1926 a 28, continuou como piloto do lugre “Patriotismo”, da praça do Porto. Em 1929, mantendo-se fiel à mesma praça, mudou-se para o “lugre Palmirinha”, como piloto, por aí ficando até 1930, inclusive. Em anos de forte crise bacalhoeira, lá foi continuando, trocando de navio, passando a ter a seu cargo, em 1931, o comando do “Patriotismo” (que já servira de 1926 a 28), até 1939. E este foi o “seu navio”, em toda a década de trinta. Jorge Trólóró, eis que passou para o comando do lugre motor “Delães”. nos anos de 1940 e 41. O nosso oficial, que havia pedido dispensa da profissão, em 1941, por questões de saúde, deixou-nos em 10 de Junho de 1947, com 48 anos de idade, há muito tempo retido em casa, por pertinaz enfermidade.
(Texto de Dr.ª Ana Maria Lopes)